POEMA: SOU SALOIA
Sou saloia saloínha
Aqui gerada e criada
Vendo morangos á tardinha
Depois da casa arrumada
O meu pai trabalha a terra
Minha mãe do gado trata
O queijo vendo-o eu
De manhã de praça em praça
Ao Domingo vou á missa
Com roupa de ver-a-Deus
Á tarde vou namorar
No Derrete o amor meu
No Estio faz calor
No Inverno o Frio mata
Calço as tamancas quentinhas
Saia de lã meias de prata
Colho os frutos no Outono
Madurinhos de encantar
Vendo-os pela tardinha
A quem se que deliciar
O saloio vive da terra
os pescadores do mar
Cada um ao seu estilo
Leva a vida a trabalhar
Eu gosto de ser saloia
E do campo desfrutar
Ver o pôr-do-sol á tardinha
Com cheirinho a pomar
Eva Feio
Rinchoa, 9 de Outubro 2011.